quarta-feira, 8 de julho de 2009

Poesia Autobiográfica

Olha para aquele navio
E com um certo ar de nostalgia pensa:
"Será que fiz a coisa certa?
A abdicação aos sentimentos me fará feliz?"

Enquanto a embarcação parte
Nosso amigo acredita que o arrependimento o levará à redenção
E esta o trará a liberdade que sempre buscou
Está formada aqui uma nova filosofia

Embasada na rejeição do sentimentalismo
Ela defende que as coisas acontecerão esporadicamente
Ao sair com seus escudeiros, ele volta a sorrir
Mas o navio dos sentimentos está a partir

Arrependido, ele se atira ao mar
Em busca daquilo que derrubará sua nova filosofia
Braçada por braçada, ele se vê mais perto de recuperar o que antes havia renegado
Mas cada vez que chega mais perto, o navio se distancia

Percebe então que a vida não permite voltar nas decisões
Já cansado de tanto nadar, ele esboça o sentimento final
Suas lágrimas não simbolizam tristeza
E sim o arrependimento de um dia ter renegado à sua essência

O sentimentalismo some em alto-mar
E ele já não tem mais força, começa a afundar
Em seu erro, ele perece
Porém permanece no fundo do mar até hoje

Quando estiverdes no fundo do poço
Nunca renegue à aquilo que faz parte de ti
Acredite que no fim haverá epifânia
Quanto a alcunha do pobre afundado

Posso dizer-lhes que seu nome mudou
Agora é aquele que faz com que as pessoas vivam
Sem que percam suas batalhas para simples obstáculos
Glórias ao íncrivel: Cavaleiro do Renascer

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