quinta-feira, 29 de julho de 2010

A tal da sexta-feira

A oportunidade bateu
Eu hesitei
Agora vejo que errei
Pois, meu coração se arrependeu

Passou sem perceber
A tal oportunidade
Cria arrependimento, já nesta idade
Onde eu não tenho mais o querer

Sou rondado por passados
Sem saber o que sou
Continuo e vou
Atrás de amores desperdiçados

Sobriedade me falta
Mas a tal declaração
É de coração
Da patente mais alta

Pois, você me dá motivo
Para causar tal sentimento
Que me provoca sofrimento
E me faz emotivo...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sombras

Cego no escuro
Sozinho no mundo
Como um vagabundo
Eu primo pelo obscuro

Quando vem o anoitecer
Ao invés dos olhos fechar,
Eu me ponho a sonhar
Sem saber do que está para acontecer

É aí que eu te vejo.
Como uma assombração,
Entra na minha inspiração
E confunde o meu desejo

Flor que desaparece
Volte ao insano campo de tua mente
E não mais atormente
A esta alma que padece

domingo, 25 de julho de 2010

Amar

É tão sincero
Este sentimento tão belo
Que em meu peito carrego
E por ti eu fomento

É quando o querer
Já me faz crer
Que já não tenho poder
Para meus impulsos conter

É quando o amar
Supera o sonhar
Que ao se materializar
Faz meu coração acelerar

São as coisas mais lindas
Que parecem não serem mais findas
Tornando-se bem vindas
Para este coração envolvido em berlindas

terça-feira, 20 de julho de 2010

Passou

No passado passava o mais estranho passante
Passageiro que sussura passeando
Passa sorrateiramente como um passarinho
Passeará até seus passos pararem
Passeará até os amores não mais passarem

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O que é o poeta ?

Se não maior transcrevedor de emoções?
Ele vive a dar esperanças
Até às mais jovens crianças
Evitando que estas passem por decepções

Seus versos procuram envolver
Nem sempre conseguem
Pois, quando escrevem
Retratam o seu sofrer

A dor de escrever
É a terapia
Daquele que não podia
Mais em silêncio viver

A escrita fica na memória
E com o passar da idade
Ele deixa saudade
Pois, já virou história

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Passos

O adeus se aproxima
E há não repostas
Apenas propostas
Expostas em rimas

Algo encontrei,
Mexeu com meu ser
E com meu jeito de escrever
Se é amor, eu não sei

Me deixaste confuso
Atordoado eu estou
E sem saber quem eu sou
Minha mente caiu em desuso

Será que estou a amar ?
Ou é mais uma ilusão ?
Não estou mais são
Mas continuo a caminhar...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sem Rumo

Não sei o que sei
Só sei que não sei
Se o amor que eu te dei
Um dia de volta receberei

Não sei para onde olhar
Muito menos para onde andar
E sem me orientar,
Continuo nessa vida de rimar

Mas quando te vejo
Eu só penso no seu beijo
Que às margens do Tejo
Supriu o meu desejo

Sede de viver
Alma sem poder
Sem perceber
Só penso em te querer

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aos Campos

Se você é o mel de toda flor
E eu sou o poeta sem inspiração
Acredito ter a nova percepção,
De que você é a cura de minha dor

Eu te amo, como nunca amei
E de todo sentimento que senti
Algo é relacionado a ti
Ó musa que eu criei

Tu existe e me observa
Eu te desejo e te venero
Sabendo que você é o que quero
Nosso amor se conserva

E você me odeia com toda sua força
Mas, eu te amo incondicionalmente
Sem você saber, entras na minha mente
E faz com que minha alma se contorça...

A poesia

Eu volto para a cidade e não estou tão triste
Me lembro bem daquelas palavras que você me disse
Sozinho eu não estou, pois tenho a mim mesmo
E em mim mesmo, encontro tudo o que preciso

Com versos na mente, e um nobre coração
A poesia um dia se transforma numa bela canção
Um hino, que um dia todos cantarão
O enredo dele se é a solidão

Dizem que sou louco, por pensar assim
Mas loucos são aqueles que não tem um fim
Vivo a pensar no acaso como se fosse real
E na realidade eu faço de tudo igual

As pessoas que se diferem por aparência
São todas iguais na essência
Más, como a mente permite
E boas com medo do que se transmite

Agora eu sou poeta, não um gênio
Tenho um lazer e não um dom
Um dia descubro o meu tom
Nem que para isto demore um milênio

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A 100ª Arte

Algo em você me chama a atenção
São seus olhos claros
Que despertam os sentimentos mais raros
Até nos poetas sem inspiração

Sua presença me traz rodeios
Que me fazem sair de mim
Sem entender assim,
Como surgem tais devaneios

Caíste do céu
Anjo mais belo
Do sentimento sincero
Transformaste-me em um réu

Sem me defender
Permaneço calado
E sem você ao meu lado
Só penso em te querer

Pois você surgiu do nada
E do nada partiu
Mas, dos meus pensamentos não saiu
Quando te verei de novo, ó doce amada ?