sábado, 23 de abril de 2011

O resultado

Já não há mais pra onde ir
As angústias deste dia
Me assombram do modo que eu não queria
Sem hesitar, eu penso em fugir

A alegria de outrora é artificial
Buscando por prazeres subjetivos
Sinto falta de ter objetivos
Que me remetem à tudo que é banal

Ás vezes queria ser normal
Vivendo minha vida, e sendo comum
Não acrescentando nada pra ninguém, por ser mais um
Enfim, me tornar um boçal

Queria poder sorrir nesta manhã
Mas acho que o pensamento não deixa
O corpo cada vez mais se queixa
E a vontade de viver fica pra amanhã...

domingo, 17 de abril de 2011

Novos dias velhos

Hoje o sol que bate na janela
Já não me lembra mais ela
Agora sentir nada
É sinonimo de não sofrer com a amada

Ás vezes vou longe
Como quem se esconde
Num mundo frenético
Cercado de céticos

Perdido estou nesta estrada
Não sabendo como voltar
E nem qual trilha pegar
(Com medo de fazer a escolha errada)

Já não consigo a mesma fuga de outrora
É hora de voltar a se expressar
(Sentindo o quão bom é amar)
E isto começa agora

Utopia

Menina morena,
Tu és tão linda
Que viraste um poema
Daqueles que finda
Na mente do poeta
Pois, quando este acerta
Não se aquieta
Justamente porque tudo accarreta
Na tua beleza
Que, naquela visão,
Espanta a tristeza
E acelera o coração

Agora me ponho a pensar
Se sentirei teus lábios
Recitando versos sábios
Ou, se com seus beijos, devo simplemente sonhar...