domingo, 18 de dezembro de 2011

Delírio noturno

O que sufoca lentamente
Que tira o seu ar
Não te faz pensar
Mas te derruba de repente ?

O que te angustia
Rouba  sua imaginação
Levando as idéias e a inspiração
Quando se menos queria ?

Seria essa vontade de escrever
Das coisas que penso
Sem nenhum  senso
Do que se pode perder ?

Ou seria a intensidade
Com que sentimos
Aquilo que não vimos
Sem um olhar de maldade ?

Eu tento pensar
Mas a mente se cansa,
E em um mundo sem esperança
Eu só penso em voar...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Despertando mais um ano

Passa a hora,
Só não passa a saudade
Instaurada cada vez mais nesta nova idade
Um dia quando voltar, já não serei o mesmo de outrora

Verdade que aqui sou muito feliz,
O que me perturba são as coisas com prazo de validade
Como se fosse estabelecido um início e um fim para planos na mesma cidade
E ao mesmo tempo voltar para o lugar que se nunca quis

Agora se passam milhões de idéias,
Cada vez, uma mais empolgante :
Outro dia eu queria voltar,
Recentemente escrevi uma epopeia,
Devagar na rua fui um sonhador andante
E conheci muita gente familiar

Longe de casa há alguns meses
Ostento de alegrias e tristezas algumas vezes
Garimpando conhecimento e experiencia
Ocupo meu tempo preenchendo a minha essência

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Brincando de escrever

Brisa suaviza
E implica que te intriga
Que cala mas não mata
Te desliga quando precisa

Forte frio ingrato
Que eu encaro, mas me mato
Na noite deste dia
E as vezes varia

Suave como mel
Está tão belo o céu
Como já se desenhou num papel
E a infância foi abandonada ao léu

Cresce a palavra,
Mas não cresce quem a escreve
Redundância que me mata
E apenas as primeiras observe

sábado, 19 de novembro de 2011

A noite fria

Do que me basta querer,
Já não mais sofrer,
Se insisto em te ver,
E não mais poder ?

Do que me basta amar,
Se já não sei me expressar,
E ao tentar falar,
As palavras saem sem sentido no ar?

Do que me basta sorrir,
Se não for pra desistir,
De tentar prosseguir,
E deste mundo partir ?

Do que adianta implorar,
Por mais compaixão,
Neste mundo sem noção,
Que não nos deixa prosperar ?

Mas eu tenho sonho
Que para uma maioria é enfadonho
E até um pouco medonho
Mas, nele a minha vida ponho

Sou feito de idéias
Que são verdadeiras epopéias
Para um ser pensante
Que busca mudar o mundo, mesmo sendo errante

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Utopia ?

Deixar esquecido
O que foi prometido
Não é a solução
Inconformados do mundo unir-se-hão

A vida iludida
Alienada e ferida
Já provoca revolta
E eu vejo no mundo um inicio de reviravolta

Consciente que sou, não vou sonhar
Mas basta acreditar
Que se você quer mudanças
Vai contagiar pessoas nas suas andanças

E aprender com diferentes culturas
Como inciar um abalo de estruturas,
Somos o início de uma nova geração
Buscando um novo mundo através da reação

domingo, 6 de novembro de 2011

Sonhar, pensar e agir

A  nova estação
Só me traz sensação 
De haver me perdido 
Neste mundo iludido

O novo pensar 
Já não pode parar 
Porque  faz tão bem 
Que não dá pra viver sem 

O mundo está doente 
E você paciente 
Esperando a solução
Crendo que se mobilizar é em vão

E você que protesta 
Com gritos ou festa 
Tem que se acalmar, 
Pois não é hora do mundo mudar

Mas se você, além de tudo, sonha
E não tem vergonha 
Andando sem olhar para trás
Está seguro, pois encontrou paz

Não há caminhos e lutas sem sonhar
Mas além disso tem que agir e acreditar
Começando das pequenas coisas de sua vida 
E partindo para o macro, verá esta luta vencida 



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Novos Ares

Pensamento perdido,
Noite que se foi
Já não sinto o que sou
E nem o que se passou

Perdendo noites,
E perdendo o  sol dos dias
Perdido  estou ,
Em um lugar que sei lá

Cada dia aprendendo mais
Se arrependendo às vezes
Mas  feliz sempre,
Mesmo sem saber porquê

Saudade da terra laranja
E de quem  eu aprendo a dar valor agora
Alegria nesse dia
Que eu jamais desejaria

Mais meses passarão
E uma pessoa  diferente está pra surgir
Mas não fisicamente
Ela entra na cabeça e domina esta nova mente


domingo, 25 de setembro de 2011

Para vocês, para mim e para todo mundo

A noite é algo que me fascina
Talvez por isso nos últimos dias tenho prestado atenção nela
Ela é silenciosa e é quando eu escuto o mundo
Ele me diz que os sonhos não acabaram

Me afastando vou me encontrando
Pra quando voltar, saber o que realmente sou
Disseram-me hoje pra ouvir meu coração
Ouvindo-o ele me disse pra acreditar no meu caminho

A vida tenta te corromper a todo momento
E o que você tem a ganhar com isso? Dinheiro
Que não vale nada se o amor inexistir
Portanto ame a sua vida !

Ame como jamais tenha amado outra coisa
Ame as pessoas também, elas merecem esse crédito
Ame como eu amo esta bela noite bracarense
Que me fez sentir que daqui pra frente tudo é diferente

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Luso

És utópico enquanto amor
És bela enquanto anjo
És sonho enquanto durmo
És fantasia daquele que idealiza

Sem poder pensar muito na realidade,
Venho sendo perturbado pelo que se passa
E ouço a bela canção da nova banda
Sentindo saudades daquela nossa terra bela.

Posso ter insonia agora,
Mas ela vem pois não quero mais pensar em você
Talvez daqui há seis meses eu me preocupe
Mas, agora é hora de conhecer nova gente

Vou pensar em você todas as noites
Mas não significa que vou me acabar como antes
Meu individualismo me faz feliz
E sem você não me completo


Penso que quando voltar irei te procurar
E perdendo a vergonha falarei tudo que penso
Sem me preocupar com o que você acha.
Uma vez que não preciso de ninguém para me superar cada vez mais

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Devaneios de agosto

A perturbação vem em forma de angústia
O ócio já nos incomoda,
Bloqueia o viver
E traz à tona coisas não bem-vindas

Aprendemos a canalizar energia
Mas aprendemos a ser pessoas melhores ?
Há um sentimento de egoísmo e posse
Tomando conta dos ares e sufocando os seres

A vida é algo construído em cima de muita reflexão
Quanto mais questionamentos, mais luz
Porém a busca por esta vira um vício
Fazendo com que sejamos fracos enquanto matéria

Seria melhor então ser normal?
E viver como as demais pessoas?
Sem se incomodar com tudo que está acontecendo à sua volta ?
Talvez para mim não, a cada momento vou me redescobrindo

E as coisas que dava como certas
Já são dúvidas que pairam sobre meu ser
Mania esta de querer ser diferente
Que ao mesmo tempo que me satisfaz, me distancia cada vez mais ...

domingo, 17 de julho de 2011

Àquele quem cuida do Tempo

Estou tão longe
Que, quando abro meus olhos,
Estou no mesmo lugar,
Agonizando na minha própria ansiedade.

A expectativa pelo novo toma conta de meu ser
Quero respirar o belo ! Quero novas aventuras !
Vou buscar no velho mundo
A tal motivação da nova vida

Espero estar no caminho certo
Pois as horas passam devagar
E quase tudo acabou muito rápido
Num choque que gerou a inconsciência

Foi de lá que tirei força pra seguir
Mas a tal ansiedade só aumenta
Ó Cronos, por que brincais desta forma?
Por que não pula o agosto e chega logo ao setembro ?

E que do setembro até o último ano da terra
Demore a eternidade para acabar
Dormir é sinônimo de angústia
Pois a boa Terra já está a me assombrar

Vou cuidando de mim
Com o maior cuidado que já tive
Se me prometeres que o tempo
Há de voar como as paixões esquecidas por este poeta.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lucidez Sonhadora

O que fazer
Quando de tanto arder
A garganta já não obedecer
E a voz desaparecer ?

A fala entrou em desuso
E o poeta ainda não sucumbiu,
Ainda sem nenhum abuso,
A inspiração não se esvairiu

Falo de amor
Como falo das flores,
Que sem pudor,
Me remetem aos desejados Açores

Vou pra nova terra
Na esperança de ver a novidade
Em um lugar aonde já se conheceu uma guerra
Mas mantém seus traços de liberdade

Vou pra sua mente
E penetrarei em teus sonhos,
Até nos mais medonhos,
E permanecerei aí por toda a eternidade...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Inspiração matutina

Nasce o dia e passa o tempo
Não tenho vontade de cumprimentá-lo
Penso se de repente é assim que as coisas devem ser
Ou se meu gosto pelo novo ainda predomina

Não tenho medo de tentar
Apenas me movo por impulsos
E estes se manifestam as vezes
Sem eles eu estou aqui, estático

Sozinho num quarto escuro
A pensar sobre as diversas coisas mundanas
E aprendendo que as percepções são relativas
Principalmente as minhas, que fogem dos conceitos

E agora cai a noite
Sinto uma epifania em meus pensamentos
Será que é o impulso ?
Ou eu estou me enganando de novo ...

sábado, 2 de julho de 2011

Bom conselho

Cansei de escrever sobre o nada
Algo intangível que poucos sentem
Sem perceber a importância, alguns mentem
Também não suporto mais essa mentira imaginada

Chegou a hora de entender um pouco mais
Estimular a ir além, para satisfazer nossa Gaia
Antes que tudo isto acabe e você saia
Partindo e deixando as explicações no cais

Psicodelize para pular etapas
Entenda que há algo maior que tudo isto
E conseguirá de si mesmo ser bem quisto
Só assim alcançamos a tal humanidade fadada

Por fim, aproveite a natureza
Ela é linda e te traz uma certa harmonia
Assim viverá com alegria
E encontrará no sustento de teu ser a tal leveza

sábado, 23 de abril de 2011

O resultado

Já não há mais pra onde ir
As angústias deste dia
Me assombram do modo que eu não queria
Sem hesitar, eu penso em fugir

A alegria de outrora é artificial
Buscando por prazeres subjetivos
Sinto falta de ter objetivos
Que me remetem à tudo que é banal

Ás vezes queria ser normal
Vivendo minha vida, e sendo comum
Não acrescentando nada pra ninguém, por ser mais um
Enfim, me tornar um boçal

Queria poder sorrir nesta manhã
Mas acho que o pensamento não deixa
O corpo cada vez mais se queixa
E a vontade de viver fica pra amanhã...

domingo, 17 de abril de 2011

Novos dias velhos

Hoje o sol que bate na janela
Já não me lembra mais ela
Agora sentir nada
É sinonimo de não sofrer com a amada

Ás vezes vou longe
Como quem se esconde
Num mundo frenético
Cercado de céticos

Perdido estou nesta estrada
Não sabendo como voltar
E nem qual trilha pegar
(Com medo de fazer a escolha errada)

Já não consigo a mesma fuga de outrora
É hora de voltar a se expressar
(Sentindo o quão bom é amar)
E isto começa agora

Utopia

Menina morena,
Tu és tão linda
Que viraste um poema
Daqueles que finda
Na mente do poeta
Pois, quando este acerta
Não se aquieta
Justamente porque tudo accarreta
Na tua beleza
Que, naquela visão,
Espanta a tristeza
E acelera o coração

Agora me ponho a pensar
Se sentirei teus lábios
Recitando versos sábios
Ou, se com seus beijos, devo simplemente sonhar...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O sorteio

O que é a realidade ?
Se não aquilo composto
E muitas vezes imposto
Ao passar da nossa idade

O que é a fuga?
Se não a busca pelos prazeres,
Que satisfazem todos os quereres,
Buscando sempre aquilo que nos conjuga?

Vou voltar para a realidade
Buscando deixar de lado a saudade
De um lugar aonde não se vê maldade
Apenas paz e serenidade.

E quando estiver preparado,
Volto pra nova vida sem espanto
Evitando de toda maneira o quebranto
Sastifazendo-se com o sucesso celebrado

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Coisas da mente

Quem é aquela,
Que entra nos meus sonhos
E de tão singela
Os deixa menos medonhos ?

Ela bate na porta
E, sem ter conhecimento,
Entra nesta vida torta
Dominando meu pensamento

Em volta de um círculo de fogo,ela dança.
Sem parecer se preocupar com o mundo ao redor,
Descartando qualquer semelhança

E ao espantar o antigo temor
Traz para mim a esperança,
Da beleza e simplicidade encontradas no alvor.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A fatídica Quarta-feira

Triste se foi a esperança do poeta
De véu e grinalda está nos braços de outro
E aquilo que um dia se sonhou,
Continuará a ser apenas um sonho...

É o castigo de quem acredita na ilusão
Esquecendo de que há uma realidade no mundo.
Agora seus olhos estão costurados
Para quem sabe, não sonhar mais com o irreal

Vive agora de sua amargura
Mas fica feliz ,
Ao ver um sentimento sincero surgir
Pobre tolo! Abre mão de ti para os outros

E termina sozinho
Em um quarto silencioso
Aonde se escuta apenas batidas,
Que não pertencem ao seu coração...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A 3ª semana

Olho lá fora
E a chuva que eu vejo,
Me remete ao antigo desejo,
Que não aparece agora

Tento adormecer
Mas a insônia persiste,
No mundo de quem insiste
Do real escapar, para o novo amanhecer

Penso na luar
Ele está lindo e brilhante
Ao contrário de mim, um errante
Que não sabe para onde navegar

Você aparece
E a esperança retorna
Junto com aquele amor, que transtorna
E a alegria que acontece

No reino dos loucos
Eu sou mais um
Igual a nenhum
Que esta em busca de poucos...