segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lucidez Sonhadora

O que fazer
Quando de tanto arder
A garganta já não obedecer
E a voz desaparecer ?

A fala entrou em desuso
E o poeta ainda não sucumbiu,
Ainda sem nenhum abuso,
A inspiração não se esvairiu

Falo de amor
Como falo das flores,
Que sem pudor,
Me remetem aos desejados Açores

Vou pra nova terra
Na esperança de ver a novidade
Em um lugar aonde já se conheceu uma guerra
Mas mantém seus traços de liberdade

Vou pra sua mente
E penetrarei em teus sonhos,
Até nos mais medonhos,
E permanecerei aí por toda a eternidade...

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